Clube Militar Naval/AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval

 

Antigos oficiais da Reserva Naval podem utilizar Clube Militar Naval

 
 
 
O Presidente da Direcção da Associação de Oficiais da Reserva Naval, Comandante Joaquim Moreira, afirmou, no passado dia 2, que o espírito de cordialidade e de câmara entre oficiais de carreira da Armada e os antigos oficiais da Reserva Naval foi reforçado com a assinatura de um protocolo entre o Clube Militar Naval (CMN) e a AORN – Associação dos Oficiais da Reserva Naval, efectuado nesse dia.

O protocolo, assinado entre o CMN e a AORN, na sede da primeira instituição, em Lisboa, em ambiente de salutar convívio, viabiliza formalmente “a utilização das instalações e serviços do CMN pelos antigos oficiais da Reserva Naval”, preconizando ainda a efectivação de iniciativas conjuntas, tais como “palestras, colóquios ou qualquer outro tipo de eventos de carácter cultural, recreativo ou técnico profissional”.
 
 
 

Joaquim Moreira no uso da palavra

 

Joaquim Moreira, numa intervenção de improviso, referiu ainda que este protocolo surge com um atraso de 20 anos, sublinhando que a AORN foi criada e ganhou cidadania, precisamente, porque foi negado, então, o acesso de pleno direito ao CMN aos antigos oficiais da Reserva Naval.

A este respeito, o Presidente da Direcção da AORN invocou a memória e os esforços dos fundadores nas intervenções junto do CMN, referindo nomeadamente o Comandante Alves da Rocha, Dr. Rodrigues Maximiano, Dr. Alfredo Lemos Damião, Dr. Marinho de Castro e Dr. Manuel Torres.

A terminar, e em tom irónico, Joaquim Moreira sublinhou a importância do acesso dos antigos oficiais da Reserva Naval ao CMN, uma vez que a AORN, em determinada altura, optou por não construir instalações próprias para a sua sede o que, tendo em atenção “o contexto actual, se verificou ser uma decisão acertada”.

 
 

José Manuel Picoito durante a sua alocução

 

Em nome do Clube Militar Naval falou o seu Presidente da Direcção, Comandante José Miguel Picoito, que fez questão de reafirmar que "o salutar convívio e partilha do tradicional espírito de câmara de oficiais” liga “os antigos oficiais da Reserva Naval à mais elevada tradição naval praticada na Marinha de Guerra Portuguesa e aos valores éticos, qualidades morais e sociais que nortearam o seu empenhamento e sentido de dever no cumprimento da missão".

José Miguel Picoito destacou ainda que, enquanto prevalecer a memória e sentimentos entre as pessoas, esse espírito de câmara haverá de pautar o relacionamento entre os oficiais que partilharam tantas experiências e emoções, quer em operações de rotina, quer em ambiente de conflito, que tanto marcaram uns e outros.

São assim reconhecidos os contributos da AORN, com o lema "E bem serviram sem cuidar recompensa", e da sua missão deduzida dos estatutos de "Defender a Reserva Naval, a Marinha, Portugal e o Mar", numa altura como a actual em que muitos destes valores de soberania são postos em causa, enfatizou.

O Presidente da CMN ressalvou, ainda, que com a assinatura do Protocolo este relacionamento já não depende, da maior ou menor abertura, das sucessivas Direcções do CMN.
 

 
 

Intervenção de José Luiz Vilaça

 

Discursou depois o Presidente da Assembleia-Geral da AORN, Prof. Dr. José Luiz da Cruz Vilaça, que destacou o valor simbólico do Protocolo, como reafirmação da verdade histórica, de compromisso com o passado e também com o futuro. Ainda que tenha um valor simbólico, explicou, os protocolos são para cumprir, fazendo uma menção, com certa ironia, ao recente protocolo assinado entre o governo de Portugal e a “Troika” (Banco Mundial, FMI e Comissão Europeia).

Sendo Juiz do Tribunal de Justiça da União Europeia, José Luiz Vilaça disponibilizou-se para partilhar numa sessão a realizar no CMN a sua visão sobre a recente crise europeia, baseado na sua experiência nas novas funções, e isto tendo atenção o âmbito da cooperação prevista no protocolo no que diz respeito à realização de iniciativas conjuntas.

Por fim, interveio o Presidente da Assembleia-Geral do Clube Militar Naval, Almirante Gameiro Marques, que invocou também a promoção do "espírito de câmara de oficiais", que classificou de profícuo no desenvolvimento e consolidação da cultura naval, o que – frisou - é reconhecido no presente Protocolo.

Referindo que este espírito nasce das relações nas câmaras de oficiais nos navios, "onde se tomam refeições, se descomprime da tensão vivida na ponte, no centro de operações, entre outros sítios, onde se confrontam construtivamente as ideias, independentemente das antiguidades, e sempre com respeito mútuo e com elevação, e onde o comandante é um convidado. Um lugar onde é tradição não se falar de serviço, com o propósito de fomentar a inclusão de outros assuntos e a cumplicidade positiva. Um espírito que continua no CMN, na comunidade já alargada aos antigos Oficiais da Reserva Naval, que se formaliza com a assinatura do Protocolo", acrescentou.

 
 

No decorrer do acto de assinatura do protocolo

 

No acto, estiveram presentes o Contra-almirante Francisco Braz da Silva, Chefe de Gabinete do Almirante Chefe de Estado-Maior da Armada, que representava, o Presidente da Comissão de Domínio Público Marítimo, Vice-almirante na reserva Silva Carreira, o Vice-almirante reformado Lopes Carvalheira, o Contra-almirante Espadinha Galo, Sócio de Mérito da AORN, o Director Geral de Marinha, Vice-almirante Cunha Lopes, que foi um entusiasta deste protocolo, na qualidade de Presidente da AG do CMN, juntamente com o Comandante Vladimiro Neves Coelho, Presidente da Direcção anterior, o chefe da Repartição de Reserva e Reformados, Comandante Conceição Góis, entre outros.

Além dos Presidentes da AG e Direcção da AORN, estiveram presentes, o Presidente do Conselho Fiscal da AORN, Alípio Dias, os membros da Direcção, Pedro Sousa Ribeiro, José Ruivo, Armando Teles Fortes e Tânia Alexandre, e ainda o Luís Penedo, Honorato Ferreira, Serafim Lobato, Carlos Alberto Lopes e Manuel Torres.


Tânia Alexandre, 1.º CFBO 2009/Serafim Lobato, 15.º CFORN



Nota
:

Quaisquer esclarecimentos sobre o Protocolo bem como a sua consulta poderão ser facultados através do Secretariado da AORN:
Mª Antonieta
Telefone: 21 362 68 40 – Horário das 15 às 20H
Fax: 21 362 68 39
aorn95@reservanaval.pt
maria.antonieta@reservanaval.pt
 

Fontes:
Texto de Tânia Alexandre, 1.º CFBO 2009/Serafim Lobato, 15.º CFORN; fotos cedidas pelo Clube Militar Naval.

 

 

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