Paulo Henrique Lowndes  Marques
(1941-2011)

 

 

Faleceu no Sábado, 1 de Janeiro de 2011, Paulo Henriques Lowndes Marques do 8.º CEORN - Cursos Especial de Oficiais da Reserva Naval. Ingressou na Escola Naval em 9 de Outubro de 1965 e foi promovido a oficial em 29 de Abril de 1966.

Integrado na Companhia de Fuzileiros n.º 10 destacou para Angola onde, durante dois anos, cumpriu diversas missões no comando do 2º Pelotão em Postos de Vigilância dos então Comandos de Defesa Marítima do Zaire (Quissanga, Puelo, Pedra do Feitiço e Macala) e ainda Cabinda (Massabi).

Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, Paulo Lowndes Marques foi membro da Ordem dos Advogados Portugueses.

Externamente, em Londres, da Ordem dos Advogados Britânica (Law Society) e ainda do International Bar Association. Com frequência, devido à sua experiência diplomática foi comentador convidado de assuntos internacionais, pela RTP.

Juntamente com Diogo Freitas do Amaral foi fundador do CDS. Eram ambos amigos próximos de Adelino Amaro da Costa e todos eles foram Oficiais da Reserva Naval da Marinha de Guerra sendo que, enquanto Paulo Lowndes Marques pertenceu ao 8.º CEORN (1965), Diogo Pinto de Freitas do Amaral e Adelino Manuel Lopes Amaro da Costa pertenceram ambos à classe de Técnicos Especialistas do 11.º CFORN (1967).
 

 

 

Paulo Marques, no decorrer de um almoço-convívio na Escola Naval

 

Paulo Lowndes Marques faleceu aos 69 anos e, segundo Diogo Freitas do Amaral, "morreu de pé", numa referência aos compromissos que cumpriu até ao último momento.

Diogo Freitas do Amaral destacou a grande cultura e conhecimento da história e diplomacia que Paulo Lowndes Marques tinha. «Nunca quis altos cargos partidários», disse, sublinhando que foi «o principal representante» do CDS nas relações internacionais do partido.

Paulo Lowndes Marques foi secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros num dos governos de Pinto Balsemão quando Vasco Futscher era Ministro dos Negócios Estrangeiros. Enquanto Freitas do Amaral foi presidente da União Europeia das Democracias Cristãs, em Bruxelas, Paulo Lowndes Marques foi secretário geral adjunto, entre 1981 e 1983.
 

 

Profissionalmente, foi administrador da SOPORCEL (uma sociedade de celulose e papel) representando a Arjo Wiggins Appleton p.l.c. do grupo da British American Tobacco), Director Jurídico Executivo no Departamento Internacional da Plessey Telecomunications Ltd. em Londres e Administrador da Plessey Automática Eléctrica, em Portugal.

Foi ainda Secretário-geral da Cabinda Gulf Oil Company, Adjunto dos Serviços de Estrangeiros do Banco Pinto e Sotto Mayor, Conselheiro jurídico do Embaixador Britânico, Membro da Comissão de Fiscalização do Teatro de São Carlos e Presidente: da Assembleia-geral da Câmara de Comércio Luso-Britânica; da British Historical Society of Portugal; da World Monuments Fund; da Assembleia-geral da Associação Amigos de Monserrate; da Assembleia-geral da Associação Colégio de S. Julião Carcavelos (Colégio inglês de St. Julians); da Comissão Fiscal dos Amigos do Museu de Arte Antiga; da Comissão Fiscal da Fundação Mater Timor (construção de maternidades para Timor).

 

Assinando o Livro de Honra da Escola Naval

Além de muitos artigos e intervenções publicou o livro “O Marquês de Soveral – Seu Tempo e Seu Modo”, da Editorial Texto (Grupo Leya) em 2009, tendo recebido uma Menção Honrosa do Prémio Grémio Literário em 2010.

Paulo Lowndes Marques faleceu vítima de doença prolongada.
 

 

Serafim Lobato, 15.º CFORN
Manuel Lema Santos, 8.º CEORN

 

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