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Estimado associado,
Temos o prazer de anunciar que no dia 9 de Abril, pelas 18:00 horas, no Palácio dos Condes de Óbidos (sede nacional da Cruz Vermelha Portuguesa), em Lisboa, vai ser lançado o livro “Murmúrios do Passado”, de que é autor o nosso camarada do 9º CFORN - Curso de Formação de Oficiais da Reserva Naval, da Classe de Fuzileiros, Manuel Cantarino de Carvalho. A obra, que leva a chancela da “Chiado Editora”, é apresentada pelo Dr. Alberto Martins. Face à importância e significado de que o evento se reveste, em particular para todos quantos serviram na Reserva Naval, contamos com a tua presença. Um abraço. A Direcção da AORN |
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Biografia do autor |
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Manuel Cantarino de Carvalho, nasceu
em 1944, em Pedroso, Vila Nova de Gaia. Em 1964 veio
para a Cruz Quebrada, Concelho de Oeiras:
Licenciou-se no Instituto Nacional de Educação
Física e é Mestre pela Faculdade de Motricidade
Humana. De Setembro de 1966 a Março de 1971 cumpriu
o serviço militar como Fuzileiro, tendo ido para a
Guiné, onde permaneceu 21 meses,
O afastamento da casa de família e a ida para o Ultramar, foram dois marcos importantes que lhe proporcionaram novas experiências, mas também a oportunidade de questionar valores. Publicou dois livros técnicos, na área pedagógica e didáctica da natação. Porém, sendo a escrita também uma forma de ordenar e alimentar as divagações nos momentos de ócio, enveredou pela ficção. Com muitos cadernos escritos, alguns posteriormente rasgados, um dia atreveu-se a publicar fazendo edições de autor. Agora, com o apoio da Chiado Editora, lança este romance que transmite, através das personagens, algumas das suas reflexões. |
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Prefácio do autor
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Na década de 60 a guerra no Ultramar era
uma realidade inultrapassável para os jovens da minha
geração. Paradoxalmente, aqueles que sobreviveram,
felizmente a maior parte, ficaram indelevelmente
marcados pela magia de África. É, pois, compreensível
que os portugueses que aí estavam radicados tivessem
assumido as Províncias Ultramarinas ― assim passaram a
chamar-se as Colónias em 1951 ― como a sua nova terra.
Era gente trabalhadora com uma visão simplista da
revolta que rebentara exigindo a independência, e que
foi vítima do conflito. Nesse tempo o regime era opressor: não existia liberdade de imprensa, nem a livre associação de pessoas e a polícia política controlava aqueles cidadãos que sobressaíam pela tomada de posições, opondo-se ao ideário do regime. Porém, em Coimbra, em 1969 os estudantes revoltaram-se e deram um abanão à ordem estabelecida. Os ecos da rebeldia daqueles jovens foram sentidos e relatados na imprensa internacional, mas em Portugal as notícias saíam controladas pela censura. É neste contexto que desenvolvi este romance que, não sendo autobiográfico, me remete para uma reflexão sobre alguns acontecimentos no período descrito. Todavia, esta é uma história de ficção inserida em contexto real. Com excepção das figuras públicas que marcaram a época, as personagens que dão corpo ao enredo são fictícias e só por coincidência alguém pode sentir-se focado no texto. Janeiro de 2014 |
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Secretariado: |
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