"Submarinos em Portugal - 100 Anos"

 

Museu de Marinha - Exposição de 1 de Março a 31 de Maio

 
 


 

No dia 15 de abril de 1913 era entregue formalmente à Marinha Portuguesa o submersível Espadarte. Este primeiro centenário de operação de submarinos em Portugal será assinalado pela realização de diversas iniciativas, entre as quais se conta a exposição «Submarinos em Portugal – 100 Anos».

Inaugurada no passado dia 1 de março, estará patente ao público até 31 de maio, na Sala D. Luís do Museu de Marinha, podendo ser visitada todos os dias, exceto à segunda-feira, no horário normal do Museu.

A inauguração da exposição contou com a presença das mais elevadas patentes militares: General Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Chefes de Estado-Maior da Armada, do Exército e da Força Aérea, os respetivos Vice-Chefes assim como o General Chefe da Casa Militar do Presidente da República.

Entre os convidados para a cerimónia de inauguração contavam-se muitos oficiais que prestaram serviço em submarinos, nomeadamente vários antigos comandantes de submarinos e comandantes da respetiva Esquadrilha, contando ainda com a presença de diversos militares que prestam serviço nos atuais submarinos.

Coordenada pela Comissão Cultural de Marinha, a exposição incorpora essencialmente peças que pertencem aos acervos do Museu de Marinha, da Esquadrilha de Submarinos e do Arquivo Histórico da Biblioteca Central da Marinha. Diversos painéis, ricamente ilustrados, contam a história das cinco esquadrilhas de submarinos que até hoje prestaram serviço em Portugal.
 


 

Em termos cronológicos a história começa antes da entrega do Espadarte à Marinha Portuguesa, apresentando-se os principais desenvolvimentos dos submarinos ocorridos durante o século XIX. Existem ainda painéis dedicados aos dois projetos que se conhecem, de autoria de inventores portugueses, o Primeiro-tenente João Augusto Fontes Pereira de Melo e o Primeiro-tenente Júlio Valente da Cruz.

A história também se conta com objetos e documentos. Diversos expositores permitem observar peças pertencentes aos navios que integraram cada uma das esquadrilhas. São também exibidos modelos das diferentes classes de submarinos que integraram a Marinha Portuguesa até aos nossos dias. Alguns desses modelos são em corte, permitindo visualizar detalhes do interior dos submarinos.

Em relação aos documentos, o espólio apresentado é bastante rico. São mostrados diversos documentos relativos aos projetos portugueses, assim como outros documentos que dizem respeito à história das diferentes esquadrilhas. A tipologia dos documentos é bastante variada: livros de registo de bordo, relatórios de missão, planos dos navios, telegramas, documentação contabilística, recortes de jornais, entre outros.

 

 

O centro da exposição é constituído por um espaço fechado, dentro do qual se procura transmitir o ambiente que pode ser encontrado no interior de um submarino. Nesse espaço foram colocados alguns equipamentos, de dimensões razoáveis, retirados dos submarinos classe Albacora. A presença destes equipamentos permite perceber a escassez de espaço que se pode encontrar a bordo de qualquer submarino.

Dentro desta “caixa” encontram-se dois televisores nos quais são apresentadas imagens de submarinos em operação, tanto antigos como modernos. As imagens são acompanhadas por uma «banda sonora» composta essencialmente por sons que se podem escutar no interior de um submarino: transmissões sonar de navios de superfície e efeitos hidrofónicos de motores de navios.

O referido espaço tem uma iluminação bastante reduzida, criando um «ambiente luminoso» similar ao que encontramos a bordo dos submarinos. Vale a pena referir que nos submarinos se procura simular a luminosidade que existe no «mundo exterior» isto é iluminando normalmente os diferentes espaços entre o nascer e o pôr do sol e desligando as luzes no período noturno. Esta concordância da luminosidade interior com aquela que ocorre no exterior é particularmente importante quando o submarino se encontra à cota periscópica.

 


 

Nessa situação, a existência de uma diferença significativa entre a luminosidade interior e a exterior pode ser prejudicial para quem tenha que observar através do periscópio. Esta diferença será particularmente sensível no período noturno. No caso de uma noite mais escura a existência de alguma luminosidade no interior do submarino irá perturbar a visão de quem se encontrar no periscópio, tornando-o praticamente cego para aquilo que ocorre no exterior.

O mencionado espaço fechado possui também um periscópio. Foi escolhido um «Periscópio mestre de ataques», usado para instrução nas primeiras esquadrilhas. No exterior da «caixa», em redor da lente do periscópio, foi colocada uma imagem panorâmica da cidade de Lisboa. Espreitando pelo periscópio consegue-se ter uma visão da cidade, tal como seria vista do interior de um submarino no meio do Tejo.


 

 

A exposição «Submarinos em Portugal – 100 Anos» não se preocupa apenas com a história das “máquinas de guerra” que são os submarinos. As pessoas são a essência de qualquer organização. Para realçar a importância dessas mesmas pessoas são exibidas inúmeras fotografias de marinheiros que prestaram serviço em submarinos portugueses, ao longo deste último século.

 
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Nota:
Texto inalterado transcrito de acordo com novo acordo ortográfico.

 
Fontes:
AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval; Fábrica Nacional da Cordoaria - Rua da Junqueira, 1300 – 342 LISBOA; Telef: 21 3626840 – Horário das 15:00 às 20:00; Texto e imagens de http://museu.marinha.pt/museu/site/pt

 

 
 

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