25.º CFORN - Curso de Formação de Oficiais da Reserva Naval

 


Listagem completa do 25.º CFORN

Foi o segundo curso realizado no ano de 1974 que, a exemplo de anos anteriores, foi assinalado pela incorporação de dois cursos de formação de oficiais da Reserva Naval, neste caso os últimos já que, em 1975, não se realizou qualquer outro*.

O despacho Ministerial n.º 63 de 23 de Maio de 1972, relativo aos Cursos e Instruções para Oficiais, Cadetes, Sargentos e Praças para o Ano Escolar de 1972/73, tinha alterado as bases de recrutamento para os 24.º e 25.º CFORN’s prevendo a incorporação de 218 cadetes dos quais, na realidade, apenas foram integrados 181 cadetes.

Entretanto, fora modificado o regime de promoções dos Aspirantes RN designados para prestar serviço nas províncias ultramarinas em comissões de duração superior a um ano. Até então, os Aspirantes eram promovidos a Sub-tenente na data de embarque para o ultramar mas, a partir do 22.º CFORN essa promoção foi substituída pela graduação.

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O 25.º CFORN foi alistado em 29 de Agosto de 1974 e concluiu-se a 22 de Março de 1975. Foram incorporados 86 cadetes assim distribuídos pelas várias classes: 15 cadetes na classe de Marinha, 1 cadete da classe de Médicos Navais, 5 cadetes da classe de Engenheiros Maquinistas Navais, 27 cadetes na classe de Administração Naval, 24 cadetes na classe de Fuzileiros e 14 na classe de Técnicos, esta última classe incorporada pela primeira vez no curso anterior de acordo com a portaria 880/73 de 12 de Dezembro.

Comandava a Escola Naval o Comodoro Eugénio Eduardo da Silva Gameiro e foi Director de Instrução o Capitão de Fragata Carlos Alberto de Oliveira Lemos.

 

 

 
O comandante da Escola Naval, Comodoro Eugénio Eduardo da Silva Gameiro (foto ainda no posto de Capitão de Mar-e-Guerra) e o Director de Instrução, CFR Carlos Alberto de Oliveira Lemos (foto ainda em Capitão-Tenente).
 

No final do período de instrução, o Prémio “Reserva Naval” foi entregue ao cadete da classe de Administração Naval, José Amaro Fernandes Martins Bom. Este prémio destinava-se a galardoar o aluno com classificação mais elevada no conjunto da frequência escolar e da apreciação de carácter militar.

 

 
O Cadete AN José Amaro Fernandes Martins Bom, Prémio Reserva Naval.
 

No ano de 1975 não se realizou qualquer incorporação ficando designado no âmbito do Anuário da Reserva Naval como o «ano de todos os CFORN». De facto, o processo de descolonização iniciado em 1974 e com o seu ponto mais alto no ano de 1975, contempla locais, instalações, unidades navais, fuzileiros e serviços em terra por onde passaram centenas de oficiais da Reserva Naval.

Neles deixaram vivências de parte importante da sua vida com fortes sinais de grande dedicação à Marinha, construindo um inesquecível imaginário de histórias únicas, excelentes momentos de convívio, dificuldades ultrapassadas e sã camaradagem, trazendo consigo um rasto de permanente saudade diluído no tempo.

África perdurará para sempre na memória de grande parte dos oficiais da Reserva Naval,  recordando as longas noites de navegação, desconforto de temporais, empenhamento e risco nas operações levadas a cabo e o justificado orgulho de pisar terra com missões cumpridas.

No decorrer do ano de 1975 e na sequência de idêntico procedimento relativamente ao final do ano de 1974, prosseguiu a desactivação de Postos Radionavais, Estações Radionavais, Comandos de Defesa Marítima e os próprios Comandos Navais instalados em Angola, Guiné, Moçambique, S. Tomé e Cabo Verde.

 
 
A corveta "Oliveira e Carmo".

 

Durante o ano de 1975, foram aumentados ao efectivo as corvetas «Oliveira e Carmo» e «João Roby» e a LF «Águia» e, já em 1976, vieram ainda reforçar aquele efectivo a LF «Cisne» e a LFP «Vega».

Com a retracção do dispositivo naval, no decorrer do mesmo ano de 1975, foram abatidos ao efectivo dos navios da Armada as LFP’s «Altair», «Antares» , «Marte» , «Mercúrio» , «Pollux» , «Urano» , «Vénus», «Espiga» , «Fomalhaut» , «Júpiter» , «Saturno» e «Rigel» , a LF «Dourada», as LFG's «Argos» , «Centauro» , «Pégaso» , «Orion» , «Lira» , «Dragão» , «Escorpião» e «Hidra», as LDG’s «Cimitarra» , «Alfange» e «Ariete» , os NA’s «Carvalho Araújo» , «Santo André» e «S. Cristóvão» , o NH «Almirante Lacerda» e o navio-patrulha «Maio».

Já no decorrer do ano de 1976, foram abatidas ao efectivo de navios as LF's «Azevia», «Bicuda» e «Corvina», os navios-patrulha «Boavista», «Brava» e «Santa Luzia», os draga-minas «Vila do Porto», «Lajes»,«Velas» e «Santa Cruz», fragata «Pero Escobar» e NA «S. Rafael»

Alguns dos oficiais daquele curso da Reserva Naval ainda desempenharam missões neste tipo de navios, quer nos entretanto abatidos quer nos aumentados ao efectivo, ainda que a mobilização tenha sido especialmente reduzida por virtude do final dos conflitos em África tendo, neste curso, permanecido no Continente a maioria dos seus oficiais.

Pela segunda vez no historial da Reserva Naval um oficial é destacado para o Comando de Defesa Marítima de Timor - o ASP RN Alexandre Maria Lindim Vassalo. Os ASP RN José Gonçalo Ferreira Maury e ASP TE RN Pedro Manuel Martins Pires Marinho destacam para a Comissão Coordenadora da Reintegração de Angola, o ASP RN Francisco Manuel de Oliveira Martins para os Serviços de Apoio ao Conselho da Revolução, os ASP EMQ RN Carlos Alberto Freitas Cristino e ASP AN RN José Alfredo Manita Vaz para a Fábrica Nacional de Cordoaria e o ASP RN Rui Manuel Serra da Câmara Pestana para a Escola Naval.

Foram designados para prestar serviço em África, ou Continente e Ilhas, os seguintes oficiais:


 

 

A corveta "João Roby".

 

 
Timor (1 Oficial):
2TEN RN Alexandre Maria Lindim Vassalo no Comando de Defesa Marítima de Timor.
 

 
Angola (4 Oficiais):
2TEN FZ RN Elídio Gonçalves da Silva e 2TEN FZ RN José de Azevedo Campos na CF 9, 2TEN FZE RN João dos Santos Mesquita e 2TEN FZE RN Joaquim Oliveira Moreira no DFE 1.
 
No inicio de 1974, a animosidade contra Portugal manifestada pela comunidade internacional acentuava-se cada vez mais, espicaçada pelos países afro-asiáticos. Os países manifestavam ou um discreto apoio, uma neutralidade titubeante ou mesmo uma aberta rejeição à política portuguesa, como sucedeu com a generalidade dos povos escandinavos.

E 22 de Março, em Genebra, era adoptada uma proposta apresentada pelos Estados do Terceiro Mundo na 30.ª sessão da Comissão dos Direitos do Homem, no sentido de serem consideradas “as guerras contra a dominação estrangeira, guerras contra o colonialismo e racismo como guerras justas", tal como as guerras de autodeterminação.

Na mesma altura era aprovada na conferência da Organização Internacional do Trabalho, realizada em Conacry, uma resolução apontando para a expulsão de Portugal daquele organismo.

Sucediam-se as greves e manifestações na oposição à guerra que, lentamente, ia crescendo nos meios operários e estudantis portugueses, de imediato utilizada como propaganda pelos movimentos pró-independentistas.

Em 15 de Abril de 1974, através da rádios, o MPLA difunde as suas mensagens afirmando que, em Lisboa, circulava clandestinamente um documento assinado pelo Movimento dos Capitães a preconizar uma solução política para a Guerra do Ultramar, uma vez que considera a vitória pelas armas impossível.

No dia 25 de Abril, um levantamento militar em Portugal degenerou numa revolução que, no escasso tempo de algumas horas, depôs o regime vigente e tomou conta do poder, elegendo uma Junta de Salvação Nacional como modo de assegurar o imediato controlo da Nação.

A Marinha seguia com atenta preocupação o evoluir da situação interna do território. generalizava-se a tendência para o desentendimento entre os movimentos emancipalistas com distúrbios em vários locais, especialmente em Luanda, e o apelo à continuação da luta armada até à total independência da Angola.

Entre Junho e Agosto, depois de uma larga sucessão de nomeações, substituições e negociações entre Forças Armadas, Comandante-Chefe e Movimentos, é nomeado um Alto-Comissário para as negociações. A Marinha começa a retrair o dispositivo no território mantendo a vigilância e guarda de instalações militares.

Em 15 de Outubro, depois da readmissão de Portugal na UNESCO em Setembro, são suspensas todas as operações contra elementos e grupos da FNLA e, a partir do dia 25 do mesmo mês, com a assinatura formal do acordo de cessação de hostilidades entre representantes portugueses e uma delegação do MPLA chefiada por Agostinho Neto, terminaram oficialmente as acções violentas dos movimentos emancipalistas em Angola.

Daquela data para a frente retrair-se-ia progressivamente o dispositivo militar, embora continuassem a verificar-se elevado número de incidentes, roubos e distúrbios, por vezes envolvendo confrontos raciais. No final do ano vivia-se em Angola um enorme caos político e social.

No meio da confusão onde grassava a "organização desorganizada", a Marinha embora sujeita a pressões revolucionárias conseguiu manter a coesão interna numa prévia preparação para abandonar Angola. Militares politizados enviados pela Metrópole, contribuiam junto das unidades para desestabilizar uma situação cada vez mais tensa e em risco iminente de ruptura.

No meio do caos instalado, a Marinha embora sofrendo prssões intensas que se reflectiam numa natural quebra da disciplina, conseguiu manter a coesão, preparando-se para abandonar Angola com a dignidade que a condição de portugueses e de marinheiros impunha.

No final do ano, encontravam-se em Luanda Destacamentos e Companhias de Fuzileiros encarregues da vigilância e protecção do Comando Naval de Angola, Estação Radionaval, Aquartelamento de Fuzileiros em Belas, Instalações Navais da Ilha do Cabo para lá de assegurarem a guarda a navios no porto. Em Santo António da Zaire mantinha-se uma Companhia de Fuzileiros garantindo a vigilância e defesa das Instalações Navais.
 

Continente e Ilhas (71 Oficiais):

2TEN RN Carlos Henrique Graça Correia da Fonseca, 2TEN RN José Alberto Ferreira Franco, 2TEN FZ RN Francisco Xavier Vilardebó de Sommer Champalimaud, 2TEN TE RN Mário Alberto da Costa Aires Martins e 2TEN TE RN Victor Manuel Coelho Valente na Direcção do Serviço de Pessoal – 2.ª Rep., 2TEN RN Fernando Jorge de Assis Saraiva Caldeira na Direcção do Serviço de Administração Naval, 2TEN RN Fernando Manuel Garcia Camisão, 2TEN RN Luís Fernando de Pinho Sobral Torres, 2TEN EMQ RN António Cândido Abrantes Monteiro Pereira, 2TEN EMQ RN José Henrique Alfaia Pereira, 2TEN AN RN António Farinha Morais, 2TEN FZ RN António da Cruz Teixeira, 2TEN FZ RN Francisco Manuel Mendonça de Abreu e Lima e 2TEN FZ RN José Manuel Garrido de Castro no Grupo N.º 1 de Escolas da Armada, 2TEN RN Francisco Manuel de Oliveira Martins nos Serviços de Apoio ao Conselho da Revolução, 2TEN RN Joaquim Américo Alves Pereira da Silva, 2TEN AN RN Manuel Ventura Carneiro Moreira da Silva e 2TEN TE RN Miguel de Sousa Ramos Maximiano Grupo no N.º 2 de Escolas da Armada, 2TEN RN Jorge Manuel Ferreira Ribeiro, 2TEN RN Rui Palha de Melo Freitas e 2TEN AN RN João Norton dos Reis na Direcção do Serviço de Electricidade e Comunicações, 2TEN RN José Manuel Baptista Vigário, 2TEN AN RN António Luís Neto, 2TEN AN RN Carlos Eugénio Raposo Gouveia Pinto, 2TEN AN RN Jorge Manuel de Azevedo Henriques Santos, 2TEN AN RN Manuel Joaquim Magalhães Nogueira e 2TEN FZ RN Luís Manuel Saldanha Lencastre na Direcção do Serviço de Pessoal – 1.ª Rep., 2TEN RN José Augusto Martins da Silva Peixoto no navio-hidrográfico “Afonso de Albuquerque”, 2TEN RN José Guilherme dos Santos Alves na LF “Bicuda”, 2TEN RN Luís Filipe Silva de Castro Vilas-Boas na LF “Andorinha”, 2TEN RN Luís Filipe Ferreira Fernandes e 2TEN FZ RN Diogo Cristóvão Castro Almeida e Vasconcelos na Base Naval de Lisboa, 2TEN MN RN José Eduardo Morais Pires Maurício no Comando da Flotilha de Navios Patrulhas, 2TEN EMQ RN Carlos Alberto Freitas Cristino e 2TEN AN RN José Alfredo Manita Vaz na Fábrica Nacional de Cordoaria, 2TEN EMQ Carlos Eduardo Caiado Ferreira no navio draga-minas “Lajes”, 2TEN EMQ RN Rui Manuel Serra da Câmara Pestana, 2TEN AN RN António Luís Silvestre na Escola Naval, 2TEN AN RN Alberto José Vieira Martins, 2TEN AN RN António Bernardino Jesus Bastos e 2TEN AN RN José Carlos Dias Leonardo da Direcção do Serviço de Abastecimento, 2TEN AN RN Alberto Correia Aires Pereira na Direcção das Construções Navais, 2TEN AN RN António Jorge Fernandes Garcia Rolo, 2TEN AN RN José António Correia Pereirinha, 2TEN AN RN José Carlos Correia Dias César e 2TEN AN RN José Amaro Fernandes Martins Bom na Superintendência dos Serviços Financeiros, 2TEN AN RN José Albano da Silva Santos no Instituto Hidrográfico, 2TEN AN RNJosé Gonçalo Ferreira Maury e 2TEN TE RN Pedro Manuel Martins Pires Marinho na Comissão Coordenadora da Reintegração de Angola, 2TEN AN RN José Alberto Santos Costa Bastos e 2TEN AN RN Licínio de Jesus Pereira no Conselho Administrativo da Administração Central da Marinha, 2TEN AN RN Rui Manuel Martins Coelho Valente na Direcção Geral do Serviço de Fomento Marítimo, 2TEN FZ Agostinho Sampaio de Sousa Machado, 2TEN FZ RN António dos Santos Pereira, 2TEN FZ RN António Jorge Gouveia Rodrigues, 2TEN FZ RN Luís Rafael Baptista Alves, 2TEN FZ RN Manuel Fernando do Amaral Pinto e 2TEN FZ RN Rui Manuel da Costa Gomes na Escola de Fuzileiros, 2TEN FZ RN António José Marques Gomes Pereira, 2TEN FZ RN Frederico José Moisés Alberto Costa e 2TEN FZ RN Manuel Carlos de Oliveira Gomes Neto na Força de Fuzileiros do Continente, 2TEN TE RN António de Sousa Gonçalves Pereira no navio draga-mina “Rosário”, 2TEN TE RN António Manuel Ribeiro Araújo na navio-patrulha “Quanza”, 2TEN TE RN Domingos José Nunes da Rocha no navio-patrulha “Zambeze”, 2TEN TE RN João Cintra Coimbra Torres no Comando Naval dos Açores, 2TEN TE RN Joaquim Manuel Conde Marques da Silva no navio draga-minas “Lagoa”, 2TEN TE RN Joaquim Pereira de Oliveira no navio-patrulha “Zaire”, 2TEN TE RN José Celso Queiroz Tavares Mascarenhas no navio-patrulha “Geba”, 2TEN TE RN Luís Filipe Marques Couto Soares no Comando da Flotilha de Escoltas Oceânicos, 2TEN TE RN Vasco de Melo na navio-patrulha “Cacine” e 2TEN TE RN Victor Manuel de Oliveira Santos Ferreira no navio-patrulha “Rovuma”.

 
 
 

A LF "Andorinha".

 


Não foi possível determinar o paradeiro do ASP AN RN Carlos Alberto Fernandes Alcobia (sem colocação conhecida) e dos ASP FZ RN António Manuel Conteiro Gomes, ASP FZ RN Benjamim da Silva Bastos, ASP FZ RN Francisco Manuel dos Santos Conceição Silva, ASP FZ RN João Manuel Azevedo Varela e ASP FZ RN Raúl Manuel Alves Coelho, todos estes destacados para Companhias ou Destacamentos de Fuzileiros que não chegara a ser formados.

Foi licenciado no dia da promoção o Asp RN Eduardo Augusto Ribeiro de Sousa. Não foi possível determinar o paradeiro do 2TEN FZ RN Australindo Diogo Pereira de Moura (colocado na CF 13 que nunca chegou a ser formada) e o ASP TE RN Manuel Pedro Bravo Pestana Gil faleceu por motivo de doença em 22.11.74.

Ingressaram nos Quadros Permanentes os 2TEN FZ RN Pedro Manuel Martins Pires Marinho e 2TEN FZ RN Luis Filipe Marques Couto Soares na classe «SEH» e o 2TEN FZ RN Joaquim Olveira Moreira na classe «FUZ».

http://www.reservanaval.pt/cursos/cursos.html

*Mais tarde, já em 1976, voltariam a ter lugar novos cursos Reserva Naval com enquadramento legal que foi sendo sucessivamente alterado até ao primeiro trimestre de 1992, ano em que, pela implementação da nova Lei do Serviço Militar e respectivas alterações os cursos com aquela designação "cairam", dando lugar ao RV (Regime de Voluntariado) e RC (Regime de Contrato).
 

Nota:
Não foi possível conseguir testemunhos fotográficos deste curso, com excepção de uma foto individual de um único elemento que se publica e que se julga ter sido o prémio Reserva Naval.

Fontes:
Texto do autor do blogue, compilado a partir de: Anuário da Reserva Naval dos Comandantes Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado; Dicionário de Navios, Comandante Adelino Rodrigues da Costa, 2006; Lista da Armada; fotos da Revista da Armada.

 

Manuel Lema Santos
8.º CEORN

 

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