Listagem completa do 21.º CFORN
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Escola Naval – Juramento de Bandeira do 21.º CFORN. |
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Foi o segundo
curso realizado no ano de 1972 que, a exemplo de anos
anteriores foi assinalado pela incorporação de dois cursos
de formação de oficiais da Reserva Naval.
O 21.º CFORN foi alistado em 31 de Agosto de 1972 e
concluiu-se a 25 de Abril de 1973. Foram incorporados 93
cadetes assim distribuídos pelas várias classes: 23 cadetes
na classe de Marinha, 4 cadetes da classe de Médicos Navais,
6 cadetes na classe de Engenheiros Maquinistas Navais, 28
cadetes na classe de Administração Naval, 31 cadetes na
classe de Fuzileiros e 1 cadete na classe de Técnicos
Especialistas.
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A cerimónia de imposição de bóinas
aos novos fuzileiros. |
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Comandava a
Escola Naval o Contra-Almirante Pedro Fragoso de Matos que,
em 11 de Outubro de 1972, foi substituído no cargo pelo
Contra-Almirante José Augusto Barahona Fernandes.
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O Contra-Almirante Pedro Fragoso de Matos,
Comandante da Escola Naval e o Contra-Almirante José Augusto
Barahona Fernandes que o substituiu no cargo. |
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Foi Director de Instrução o Capitão de
Mar e Guerra Eugénio Eduardo da Silva Gameiro.
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Capitão de Mar-e-Guerra Eugénio Eduardo da Silva
Gameiro. |
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No final do período de instrução, o
Prémio “Reserva Naval” foi entregue ao cadete da classe de Marinha,
Alberto Manuel Carneiro Sereno. Este prémio destinava¬-se a
galardoar o aluno com classificação mais elevada no conjunto da
frequência escolar e da apreciação de carácter militar.
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O cadete RN Alberto Manuel Carneiro Sereno,
Prémio Reserva Naval. |
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Durante o ano de
1972, para a prossecução do plano de modernização da Marinha,
conjuntamente com a necessidade de reforçar os meios navais
empenhados na Guerra do Ultramar, foram aumentados ao efectivo dos
navios da Armada a LF “Sabre”, o navio balizador “Schultz Xavier”, o
navio-patrulha “Zambeze” e o navio hidrográfico “Almeida Carvalho”.
Em 1973, vieram ainda reforçar aquele dispositivo os navios-patrulha
“Limpopo” e “Save”.
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O
navio hidrográfico “Almeida Carvalho”. |
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No decorrer do mesmo
ano de 1972, foram abatidos ao efectivo as fragatas “Álvares Cabral”
e “D. Francisco de Almeida” e as LFP’s “Canopus”, “Deneb”e “Algol”
e, em 1973, seguiram idêntico destino a corveta “Cacheu”, o
draga-minas “Pico” e a fragata “Vasco da Gama”.
Muitos oficiais da Reserva Naval desempenharam missões e viriam a
fazê-lo nestes navios, quer nos entretanto abatidos quer nos
aumentados ao efectivo, todos eles tendo representando um papel
relevante na História da Reserva Naval.
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Em cima: Carlos Manuel Pereira da Silva – LFP “Antares”,
Carlos Alberto de Magalhães Oliveira – LFP
“Fomalhaut” e Carlos Eduardo Campos Valgode – LFP
“Mercúrio”. |
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Em baixo: José Carlos dos Santos Borges –
“LFP “Procion” e José Manuel Miranda Themudo Barata – LFP “Bellatrix”. |
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Houve uma normal
mobilização dos elementos deste curso como Comandantes, Oficiais
Imediatos de navios, Oficiais de Guarnição, integrando Companhias e
Destacamentos de Fuzileiros ou Unidades e Serviços em terra. No
entanto, na classe de Fuzileiros aconteceu pela primeira vez que a
mobilização não foi maciça, como vinha acontecendo até então. Foram
designados para prestar serviço em África, ou Continente e Ilhas, os
seguintes oficiais:
Guiné (17 Oficiais):
2TEN RN António Manuel Souto Lopes da Graça na LFG “Orion”, 2TEN RN
João Manuel da Silva Cunha na LFG “Dragão”, 2TEN RN José Carlos dos
Santos Borges na LFP “Procion”, 2TEN RN José Manuel Miranda Temudo
Barata na LFP “Bellatrix”, 2TEN RN José António Barbot Veiga de
Faria na LDG “Montante”, 2TEN RN Manuel Jorge na LFG “Hidra”, 2TEN
RN Manuel Tomás Fontaínhas Pimenta de Castro e 2TEN EMQ RN Manuel de
Vilhena Veludo no Comando de Defesa Marítima da Guiné, 2TEN FZE RN
Albano Matos Fernandes Pereira no DFE 5, 2TEN FZE RN Fernando Manuel
Barros da Cunha e 2TEN FZE RN Victor Manuel Moreno Albino Calado
Capela no DFE 4, 2TEN FZ RN João Manuel do Rego Botelho Parreira e
2TEN FZ RN José Fernandes Lomba na CF 5, 2TEN FZE RN João Luís
Pamplona de Bettencourt Rodrigues no DFE 12, 2TEN FZE RN Joaquim
Manuel Pereira Branco de Mascarenhas no DFE 22, 2TEN FZE RN José
Joaquim Caldeira Marques Monteiro de Macedo no DFE 21, 2TEN FZ RN
Vasco António Reinhardt Machado Monteiro na CF 8.
Em Abril de 1972 o PAIGC volta a flagelar, desta vez a cidade de
Bolama, durante cerca de dez minutos com foguetões de 122 mm.
A partir de Julho foi lançada uma grande operação na zona do
Cubisseco e Pobreza com a finalidade de ali instalar uma base que
viria a ser denominada como “Tabanca Nova da Armada”. A região
passou a ser sistematicamente flagelada, os resultados obtidos não
surtiram os efeitos desejados e o aquartelamento foi desactivado em
Novembro.
Numa entrevista ao jornal do Cairo, Amílcar Cabral declara que “num
futuro próximo anunciaria a criação de um novo Estado e que a luta
pela libertação nacional do povo da Guiné-Bissau era amplamente
apoiada pela opinião pública progressista mundial”. Afirmou também
que o PAIGC fora reconhecido como representante legítimo do povo da
Guiné-Bissau por muitas organizações internacionais.
Pelas 22:30 horas do dia 20 de Janeiro de 1973, Amílcar Cabral é
assassinado à porta da sua residência em Conacry, num crime
atribuído “convenientemente” á PIDE/DGS por uma opinião pública
internacional acicatada pelos países africanos. Aristides Pereira
assume funções como chefe interino do PAIGC.
No mês de Março surgem no teatro de operações da Guiné os mísseis
terra-ar Strella os quais, tendo como alvo as aeronaves, surtem um
tremendo efeito negativo na FAP e, consequentemente, nas operações
militares.
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A fragata Comandante João Belo a navegar em águas
oceânicas. |
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A 25 de Março foi abatido um Fiat G-91 no Cantanhês, pilotado pelo
TEN Pessoa que se ejectou com sucesso e, três dias depois, na região
de Madina do Boé uma parelha de Fiats G-91 é atacada com arma
desconhecida. Um dos pilotos, 2º Comandante da Zona Aérea de Cabo
Verde e Guiné, TCOR Brito ao picar para tentar identificar o alvo
foi atingido, ficando desfeito e morrendo o piloto. O seu asa
conseguiu regressar à base.
Na primeira semana de Abril um T6 é abatido por um míssil Strella e
despenhou-se causando a morte ao piloto. No dia 6 é novamente
abatido um DO 27 onde o Major Mariz Martins, comandante do COP 3,
efectuava um reconhecimento visual (RVIS), não havendo
sobreviventes.
Em 8 de Maio é iniciada pelo PAIGC uma violenta ofensiva contra
Guidage, junto à fronteira do Senegal. Em 11 de Maio grupos de
combate dos DFE’s 1 e 4 são enviados para o reforço da defesa
daquele aquartelamento, sofrendo uma baixa no dia 13.
No dia 18 de Maio, comandado por João Bernardo “Nino” Vieira o
inimigo desencadeia uma violenta ofensiva contra Guileje, localidade
no sul da Guiné que, situada num ponto vital da rota de
abastecimento do PAIGC, sem acesso por via fluvial, ficava
completamente isolada.
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INAB – Entrada das Instalações Navais de Bissau. |
De 18 a 22 de Julho decorre o 2.º Congreso do PAIGC que fez a
revisão geral dos estatutos elegendo Aristides Pereira como
secretário-geral afirmando ser intenção do PAIGC proclamar a
independência, constituir um governo e criar estruturas
administrativas.
Em 6 de Agosto, o General Spínola regressa à Metrópole e é exonerado
do seu Comando, sendo substituído a 28 do mesmo mês pelo general
Bettencourt Rodrigues como Governador-Geral e Comandante-Chefe.
No mês de Outubro, mais uma vez os aliados americanos jogam a sua
cartada no cenário internacional. O Senado proíbe a Administração de
conceder a Portugal qualquer ajuda que permita a manutençaõp do
“Regime Colonial”. Por sua vez, nesse mesmo mês, o Governo Português
concede autorização aos EUA para utilizarem a Base das Lajes, nos
Açores, como escala de apoio a Israel na guerra do Yom Kippur.
Em Dezembro já a confiança nos aéreos se tinha restabelecido e,
conhecida a estratégia a utilizar para minimizar o efeito dos
mísseis Strella, recomeçaram os voos com alguma normalidade, embora
com redobrados cuidados.
Cabo Verde (4 Oficiais):
2TEN RN Cândido José Dominguez dos Santos, 2TEN RN José Manuel
Gonçalves da Costa na Fragata “Comandante João Belo”, 2TEN FZ RN
José António Caiola Lacerda de Almeida no Pelotão de Fuzileiros n.º
2, 2 TEN FZ RN Leonel Alexandre Tomás Cardoso no Pelotão de
Fuzileiros n.º 1.
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1970 - Comando Naval de Cabo Verde - Capitania do
Porto de S. Vicente. |
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Angola (16 Oficiais):
2TEN RN Alberto Manuel Carneiro Sereno, 2TEN MN RN Daniel Siragusa
Leal, 2 TEN AN RN António José Rebelo de Andrade Cabral, 2TEN AN RN
Eurico Pimenta de Brito e 2TEN AN RN Manuel Costa Pereira no Comando
Naval de Angola, 2TEN RN Carlos Manuel Pereira da Silva na LFP “Antares”,
2TEN RN Carlos Alberto de Magalhães Oliveira na LFP “Fomalhaut”,
2TEN RN Fernando Manuel Barreiros Antunes na LFG “Pégaso”, 2TEN RN
Henrique Joaquim Gomes no navio-patrulha “Cunene”, 2TEN RN Luís
Manuel Abreu da Cunha e Melo na LDG “Alabarda”, 2TEN RN Manuel
Eduardo da Costa e Almeida Vasques no navio-patrulha “Mandovi”, 2TEN
FZE RN Jorge Manuel de Pina Paiva e Pona Franco e 2TEN FZE RN José
António Ruivo no DFE 6, 2TEN FZ RN Mário Norberto Valente de Pinho
na CF 1, 2TEN FZ RN Rui Manuel Rodrigues Simões e 2TEN FZ RN Victor
Henrique Louro de Sá na CF 3.
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Navio-patrulha “Cunene”. |
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Em Dezembro de 1972 a situação internacional era caracterizada por
um evidente esforço por parte dos países africanos no sentido de
alcançarem um maior progresso geral, recebendo para o efeito auxílio
estrangeiro tanto do bloco ocidental como do bloco comunista, o que
permitia aos países mais industrializados (França, Grã-Bretanha,
Estados Unidos da América, União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas e República Popular da China) manter intacto o peso da
sua influência em África.
No campo económico os países africanos continuavam dependentes não
só das exportações das suas matérias-primas para os países
industrializados mas também da importação de capitais e
equipamentos, essenciais para alcançarem uma relativa independência
económica.
A unidade africana revelava então uma apreciável coesão,
mostrando-se unânime quer em condenar Portugal, Rodésia e República
da África do Sul quer em aprovar resoluções com vista a provocar o
seu isolamento no contexto internacional.
Entretanto, o dispositivo operacional instalado no Leste de Angola
fora reorganizado e reforçado, estando constituídos os Destacamentos
das Forças de Marinha no Rio Cuíto (baseado em Vila Nova da Armada),
no Rio Cuando, no Rio Zambeze e no Rio Lungué-Bungo, áreas onde
desde 1965 actuavam unidades de fuzileiros.
As acções armadas inimigas no teatro de Angola tinham vindo a
diminuir francamente no ano de 1972 em relação ao ano anterior,
salvo ligeiro crescimento no recurso à colocação de engenhos
explosivos. No enclave de Cabinda a situação encontrava-se calma sem
iniciativa de acções bélicas, o mesmo se passando tanto no norte
como na frente leste. Somente o Cuango revelava ligeiro aumento de
actividade.
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Navio-patrulha “Mandovi”. |
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O dia 2 de Junho de 1973 ficou assinalado por um brutal incidente
que ficou assinalado como um trágico marco da guerra dos Fuzileiros,
em geral, e da Reserva Naval, em particular.
Uma pequena coluna de duas viaturas que se deslocara do Chilombo à
Lumbala para ir buscar correio, foi violentamente emboscada num
percurso onde não havia histórico de actividades hostis.
A acção causou 3 mortos e um ferido aos fuzileiros que se encontrava
no Chilombo. Um dos mortos, Pertencendo ao Pelotão de Apoio da CF 1,
o STEN FZ RN António Bernardino Apolónio Piteira, oficial da Reserva
Naval, do 18.º CFORN, foi o único oficial da Marinha de Guerra morto
em combate durante os 13 anos de guerra.
A ofensiva internacional contra Portugal e os países do sul de
África, acentuava-se no final de 1973. O encerramento da 28.ª sessão
da Assembleia Geral da ONU marcou pela posição anti-portuguesa, ao
aceitar a alegada independência da Guiné como acto consumado e
indiscutível, definindo Portugal como potência ocupante e ilegal.
Moçambique (16 Oficiais):
2TEN RN Carlos Eduardo Campos Valgode na LFP “Mercúrio”, 2TEN RN
José Belmiro Rodrigues Ferreira, 2TEN RN Mário Jorge de Oliveira
Pinho e 2TEN EMQ RN José Manuel Gouveia da Costa Neves no Comando
Naval de Moçambique, 2 TEN RN Manuel Joaquim Couto Alves dos Reis,
2TEN RN Mário de Sousa Dias Fernandez, 2TEN MN RN Manuel Joaquim
Teodósio Amaro, 2TEN AN RN Tito Ferreira de Carvalho, 2TEN FZ RN
Avelino Pinto da Costa no Comando de Defesa Marítima dos Portos do
Lago Niassa, 2TEN AN RN José Manuel Delgado Félix Ribeiro no Comando
de Defesa Marítima dos Portos do Zambeze, 2TEN FZ RN Jorge de
Oliveira Cardoso Fernandes, 2TEN FZ RN José Amaro Martins Carmona e
Costa e 2TEN FZ RN Nuno Eça de Queiroz Cabral na CF 7, 2TEN FZ RN
Luís Mário Pais Paiva de Andrade na CF 11, 2TEN FZE RN Luís Alberto
Pessoa da Fonseca e Castro no DFE 8 e 2 TEN FZE RN Manuel Kendall
Nicolau de Almeida no DFE 3.
O cenário internacional sofre entretanto significativa evolução: a
Inglaterra assina um acordo que concede a independência à sua antiga
colónia da Rodésia, permitindo no entanto a continuação da
supremacia branca no país liderado por Ian Smith, facto que foi
fortemente contestado pelos “nacionalistas” negros da Rodésia e de
todo o Continente africano.
No entanto, a Grã-Bretanha continua a manter uma fragata no Canal de
Moçambique, apoiada por um navio auxiliar, controlando o acesso aos
portos da Beira.
Enquanto isso, os países originários das antigas colónias europeias
mantêm forte investida junto da opinião pública mundial contra a
presença portuguesa em África e fazem aprovar na ONU em 28 de
Setembro de 1972 uma moção que propõe a admissão de delegados de
organizações terroristas como observadores da Comissão de
Descolonização. Portugal protesta, afirmando não participar nos
trabalhos da ONU onde estivessem presentes representantes daquelas
organizações. Posição idêntica é tomada pela África do Sul.
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A
LFP "Mercúrio" atracada na Base Naval de Metangula,
no Lago Niassa. |
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Logo no início de 1973 a ONU anunciou que iria realizar em Oslo,
entre 9 e 14 de Abril, uma conferência internacional sobre o
colonialismo e ao apartheid, no qual no qual iriam participar ale de
representantes dos órgãos pemanentes daquela organização,
representantes de nove movimentos de libertação africanos. A tal
anúncio foi dada enorme relevância pela imprensa mundial.
Simultaneamente, grupos anti-colonialistas e contra o apartheid
preparavam uma campanha com reuniões na Alemanha, Noruega, Holanda,
Suiça e ainda em Londres.
No estrangeiro, continuavam a levantar-se cada vez mais vozes contra
Portugal, quer por parte dos países quer mesmo por organizações não
governamentais. Em Março, foi a Organização Internacional de
Aeronáutica Civil que aprovou, em sessão relaizada na sua sede em
Nova Iorque, uma moção que afastava Portugal das suas reuniões. A
aprovação foi obtida por maioria com votos favoráveis dos países
africanos e asiáticos, e os votos contrários dos EUA, Nova Zelândia
e a maior parte dos países europeus. Por esta altura, a Dinamarca,
Finlândia e Suécia sugeriram a colocação de uma força militar à
disposição da ONU, pronta a deslocar-se para qualquer parte do
mundo.
Em Moçambique fora também constituído o Comando da Defesa Marítima
do Zambeze, para apoio ao dispositivo militar naval em operações na
bacia do Zambeze e em especial na região de Tete.
Continente e Ilhas (35 Oficiais):
2TEN RN Armando Henriques Prazeres Machado e 2TEN AN RN José Alberto
Taveira Carvalho Marques na Escola Naval, 2TEN RN Rui Pedro de Sousa
do Prado no Comando Naval dos Açores, 2TEN MN RN Manuel Barroso
Silvério Marques na Base Naval de Lisboa, 2TEN EMQ RN José Eduardo
de Jesus Marques no navio draga-minas “Lajes”, 2TEN EMQ RN José
Maria Albuquerque Figueiredo e Castro no navio draga-minas “Lagoa”,
2TEN EMQ RN José Manuel de Sampaio Cruz Filipe na fragata “Pêro
Escobar”, 2TEN EMQ RN Martiniano Nunes Gonçalves e 2TEN AN RN Miguel
António Santos Ferreira de Almeida na Fábrica Nacional de Cordoaria,
2TEN AN RN António Francisco Espinho Romão na Direcção Geral dos
Serviços de Fomento Marítimo, 2TEN AN RN Armando Augusto Dias de
Morais e Castro, 2TEN AN RN José Maria Pereira Brandão de Brito e
2TEN FZ RN António Manuel Henriques Martins Tavares no Grupo N.º 1
de Escolas da Armada, 2TEN AN RN Augusto Rodrigues de Castro Ribeiro
e 2TEN AN RN Joaquim António Pinto de Matos na Direcção do Serviço
de Pessoal – 2.ª Rep., 2TEN AN RN Augusto Bento Pereira da Silva,
2TEN AN RN Fernando José Ramos e Costa Abecassis, 2TEN AN RN João
Manuel Rodrigues Pestana Teixeira e 2TEN AN RN Luís Miguel Portela
Morais na Superintendência dos Serviços Financeiros, 2TEN AN RN
Carlos Rodolfo Botelheiro Elias na Direcção do Serviço de
Electricidade e Comunicações, 2TEN AN RN Carlos Marcel Pereira
Figueira e 2TEN AN RN Rui Afonso Galvão Mexia de Almeida Fernandes
na Direcção das Construções Navais, 2TEN AN RN Joaquim Daniel Costa
Neves, 2TEN RN Jorge Manuel Alves de Moura Calheiros e 2TEN AN RN
José Carlos Alfaia Pinto Pereira no Conselho Administrativo da
Administração Central de Marinha, 2TEN AN RN José Melro Félix e 2TEN
AN RN Manuel Alberto Ramos Maçães na Direcção do Serviço de
Abastecimento, 2TEN AN RN Manuel Antunes Pinto da Cruz, 2TEN FZ RN
António Francisco Caseiro Marques e 2TEN FZ RN Mário Augusto
Marreiros das Chagas na Escola de Fuzileiros, 2TEN AN RN Manuel
Sousa Fernandes de Meireles e 2TEN TE RN Alberto Catarino Mateus no
Instituto Hidrográfico, 2TEN AN RN Manuel Ferro da Silva Meneses e
2TEN AN RN Raúl Jorge Correia Esteves no Estado-Maior da Armada e
2TEN FZ RN José António da Silva Gomes Lima no Grupo N.º 2 de
Escolas da Armada.
Não foi possível determinar o paradeiro correcto dos seguintes 5
Oficiais:
2TEN MN RN Luís André Liebermann da Costa e Silva (Pelotão n.º 1 de
Fuzileiros), 2TEN FZ RN António Tito Fontoura de Lencastre (Pelotão
n.º 7 de Fuzileiros), 2TEN FZ RN Eduardo Nuno Ferreira Morgado
(Pelotão n.º 13 de Fuzileiros), 2TEN FZ RN José Rocha da Silva
(Pelotão n.º 12 de Fuzileiros) e 2TEN FZ RN Manuel Severino Gaspar
de Sousa Dias (Pelotão n.º 14 de Fuzileiros).
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Navio-patrulha “Zambeze”. |
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O 21.º CFORN, a
partir de 25 de Abril de 1974, acompanhou todo o processo que se
desenvolveu nos territórios ultramarinos, inclusivé porque muitos
dos seus elementos eram Comandantes de unidades navais ou
enquadravam unidades de fuzileiros.
Os oficiais pertencentes ao 21.º CFORN começaram a ser licenciados a
partir de 11 de Outubro de 1974. Ingressaram nos Quadros Permanentes
os 2TEN FZE RN Jorge Manuel de Pina Paiva e Pona Franco, 2TEN FZE RN
Albano Matos Fernandes Pereira, 2TEN FZ RN Manuel Severino Gaspar de
Sousa Dias, 2TEN FZ RN Mário Augusto Marreiros das Chagas e 2TEN FZE
RN José António Ruivo. Este último oficial desempenhou as funções de
Comandante da Escola de Fuzileiros no posto de Capitão de
Mar-e-Guerra.
Os Cursos da Reserva Naval
Fontes:
Texto do autor do blogue com a colaboração do CMG José António Ruivo
do 21.º CFORN, compilado a partir do Anuário da Reserva Naval dos
Comandantes Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado;
Dicionário de Navios, Comandante Adelino Rodrigues da Costa, 2006;
Fuzileiros – Factos e Feitos na Guerra de África, 1961/1974, Luis
Sanches de Baêna, 2006; Arquivo de Marinha; Revista da Armada; fotos
do 21.º CFORN por cedência da revista da Armada; outras fotos de
arquivo do autor do blogue com cedências de origens diversas
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Manuel Lema Santos
8.º CEORN |